segunda-feira, 10 de maio de 2010

Atividade 4

Atividade 4

Pesquisa inclusão digital.
São muitas as escolas que já trabalham com a inclusão digital. Acho essa iniciativa maravilhosa. Nossas crianças são super capazes e absorvem muito rápido os conteúdos da informática.
exemplifico com uma pesquisa que fiz:

MEC promete computador individual para alunos da rede pública. Brasília recebe este ano projeto-piloto.

Em 2005, um famoso professor norte-americano apresentou uma idéia inovadora no Fórum Econômico Mundial, evento que reúne líderes de vários cantos do mundo. Nicholas Negroponte (então diretor de um dos mais respeitados institutos de tecnologia do mundo, o Massachusetts Institute of Technology —MIT) propôs a fabricação de computadores portáteis a um preço bem reduzido: US$ 100 (R$ 210, aproximadamente). A finalidade? Distribuir os equipamentos nas escolas dos países em desenvolvimento, para crianças de baixa renda. Para o especialista, a tecnologia revoluciona a educação, estimulando a construção do conhecimento pelo próprio aluno.

Mesmo sob os olhares duvidosos de muita gente, o professor conseguiu emplacar a idéia em muitos países, inclusive no Brasil. O projeto está saindo do papel. Os equipamentos já começaram a ser utilizados. O Ministério da Educação recebeu 1.840 laptops como os idealizados por Nicholas. São três modelos, fabricados por empresas diferentes. Em nada se parecem com os modelos tradicionais de computadores portáteis que estamos acostumados a ver. Eles são menores (do tamanho de um caderno), mais leves (pesam mais ou menos um quilo) e possuem a estrutura interna modificada para atender às necessidades escolares apenas.

Os computadores recebidos pelo MEC estão passando por análises de especialistas e serão testados em 10 escolas brasileiras (a definir) ainda este ano. Os estados escolhidos foram: Amazonas, Minas Gerais, Paraíba, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo, Tocantins e Distrito Federal. “É importante avaliarmos o potencial pedagógico desses equipamentos antes de distribuí-los às escolas”, ressalta o gerente do projeto Um Computador por Aluno (UCA) do Ministério da Educação, Espartaco Madureira. Ele destaca que os professores poderão realizar inúmeras atividades para complementar as aulas, como simular experiências químicas, apresentar vídeos e músicas aos alunos.

Os três modelos doados ao governo brasileiro são: o XO, da associação sem fins lucrativos criada por Nicholas, a One Laptop Per Child (OLPC); o Mobilis, da empresa indiana Encore, e o Classmate, da Intel. A idéia de Nicholas, o idealizador do laptop de baixo custo, é que o produto não seja comercializado. Os governos interessados financiariam a produção do XO para a distribuição gratuita nas escolas. A ambição do professor é conseguir reduzir ainda mais os custos de produção dos laptops. Até 2.010, ele pretende fazer com que o custo de cada equipamento seja de US$ 50.

À frente do conhecimento

Léa da Cruz Fagundes, coordenadora do Laboratório de Estudos Cognitivos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), é uma das especialistas que testa os laptops produzidos pela OLPC. Ela garante que as máquinas podem melhorar a qualidade da educação. “O computador não é uma ferramenta, é um novo ambiente digital. Foi desenvolvido dentro de um novo paradigma, que não privilegia o ensino como transmissão, pois foi concebido como um recurso para enriquecer ambientes de aprendizagem”, afirma. Léa explica que o XO consome uma quantidade mínima de energia, possui um carregador manual de bateria livre de toxinas e tem acesso à internet sem fio.

Outra curiosidade do equipamento: ele é equipado com a rede mesh, que permite que apenas um computador conectado à internet distribua o acesso aos outros. Alunos e professores podem participar de uma mesma atividade simultaneamente. O laptop possui também uma câmera de vídeo e caixas de som. No Sul, jovens técnicos na área de informática vão desenvolver programas que atendam às necessidades deles. “Nossa proposta é estudar o uso do laptop para inovar as práticas pedagógicas, reestruturando currículo, espaços, tempos e funções”, destaca.

Os sem-computador

Para Bruno Silvano dos Santos, 17 anos, é difícil acreditar que um projeto como esse se tornará realidade. “É ótimo, mas não tenho fé de que aconteça não”, analisa. A descrença do jovem é compartilhada por outros colegas. Thaíssa Lorena Silva Araújo, 12, lamenta que todas as boas idéias se restrinjam ao papel. “Os brasileiros pagam tantos impostos, mas nada é feito para melhorar as escolas”, critica. Isabela Aguiar, 12, Louíse Soares, 12, e Evandro de Araújo, 15, entoam o coro dos descontentes.

O pessimismo dos estudantes tem justificativa. O Centro de Ensino Médio Stella dos Cherubins em Planaltina, onde estudam esses jovens, foi inaugurado em 2002. É uma escola grande e bem cuidada. Há tempos, eles aguardam a promessa de receber computadores para um laboratório de informática, que já possui sala reservada. Mas, por enquanto, a sala continua abrigando carteiras e cadeiras sem utilidade no momento. As máquinas nunca chegaram ao colégio.

O Programa Nacional de Inclusão de Jovens (ProJovem) cedeu 10 computadores ao centro de ensino com a finalidade de promover qualificação dos estudantes. No entanto, as máquinas estão encaixotadas porque não há mobiliário para colocá-las ou técnicos para instalá-las. “A gente não consegue colocar para funcionar”, lamenta o diretor da escola, Adimário Rocha Barreto.

Para a professora de história Giselma Augusto promover a inclusão digital é uma das tarefas da escola. Por isso, considera esse tipo de iniciativa de suma importância. Mas ela lembra que a qualificação dos professores é essencial. “Se eles não forem preparados para lidar com as ferramentas, elas correm o risco de ficar sem utilidade”, reforça.

Solidariedade

Para Lhaine de Medeiros, 15, a luta de fazer trabalhos escolares à mão acabou há três meses. As pesquisas ficaram mais fáceis desde que seu pai lhe comprou um computador e ainda economiza o dinheiro gasto nas casas em que se paga pela hora de utilização de internet. A estudante garante que a vida não era fácil. Por isso, é solidária com os amigos que ainda enfrentam a mesma dificuldade. Quando eles precisam, empresta o computador. “Eu corria para a casa do vizinho também”, conta.

Valéria de Oliveira, 16, Dariane da Silva, 17, Daniel de Oliveira, 15, Dayane de Lima, 18, e Jéssica Gracielly de Andrade, 14, são alguns dos colegas que pedem auxílio à Lhaine. Nenhum possui o equipamento em casa. Na escola em que estudam, em Santa Maria, também não há computadores disponíveis aos alunos. “No ensino fundamental, a escola tinha laboratório de informática. Era essencial para as nossas pesquisas”, conta Jéssica.

Dariane acredita que a sala de aula não é suficiente para a aprendizagem. Atividades práticas (como as simulações de experiências em computador possíveis nos laptops analisados pelo MEC) fariam com que o conteúdo fosse melhor compreendido pelos jovens. “Faz muita falta. A prática facilita a compreensão”, diz.

É importante que as escolas ofereçam acesso à informática?

"Sem dúvida, a escola que só transmite informações aos alunos e não faz com que o estudante busque o conhecimento, está obsoleta. Quem não tem contato com a tecnologia em casa chega à escola com a expectativa de ser incluído no universo tecnológico no ambiente escolar. O aluno se torna mais ativo no processo de construção do conhecimento.”
Giselma Augusto, professora de história da rede pública de ensino.

“É interessante que as escolas tenham computadores disponíveis aos alunos e professores. É uma oportunidade de estar atualizado e buscar qualquer tipo de informação. Além disso, os computadores despertariam o interesse dos estudantes para as aulas. O governo precisa assumir a responsabilidade de colocar a informática nos colégios. Essa é uma necessidade hoje em dia.”
Juliana da Silva Araújo, 17, acabou de concluir o ensino médio.

“É de suma importância utilizar a informática nas escolas. Acho que os alunos se interessariam mais pelo estudo. A internet facilita a busca pelo conhecimento e aumenta as possibilidades de pesquisa. Há muitos estudantes que não têm contato com essas tecnologias em casa, por conta da condição financeira, e é importante que a escola ofereça essa oportunidade.”
Conceição Almeida Aguiar, professora de geografia da rede pública.

“O computador faz falta na escola: para fazer pesquisas, trabalhos. Acho que as aulas ficariam mais interessantes se as escolas oferecessem acesso à informática. Para os professores também faz falta. Eles poderiam preparar melhor as aulas. Eu não tenho computador em casa. Quando preciso, tenho que pedir para usar o de algum amigo.”
Bruno Silvano dos Santos, 17, está no 2º ano do ensino mé

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